Mais estrangeiros que nunca com treinadores lusos a ajudar

Seis representantes do Brasil nos oitavos de final da Taça dos Libertadores – Flamengo, Internacional, Palmeiras, Athletico Paranaense, Fluminense e Atlético Mineiro – e os sete da Copa Sul-Americana – Fortaleza, Goiás, América Mineiro, Corinthians, São Paulo, Bragantino e Botafogo – somam 79 profissionais estrangeiros, entre treinadores e atletas.

Para o registo inédito, dada a natureza sobretudo exportadora do futebol brasileiro, contribuem os treinadores portugueses.

Abel Ferreira, duas vezes campeão da Libertadores, dirige o Palmeiras na próxima madrugada na casa do Atlético, no Mineirão. Pedro Caixinha, do Bragantino, tem encontro marcado, já na madrugada de sexta-feira, com o América, em Belo Horizonte. Às 23 horas de hoje, o Botafogo, de Bruno Lage, recebe o paraguaio Guaraní. E à mesma hora Armando Evangelista vai, pelo Goiás, à casa do Estudiantes, em La Plata.
A propósito das razões da aposta num profissional de fora, Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás, diz que o clube «já estava a monitorar o Armando». «Entendemos que ele seria o comandante ideal para o Goiás devido a todo o seu entendimento do futebol e à sua vontade de buscar novos desafios, esperamos que ele consiga desenvolver o seu trabalho e que nos guie rumo aos objetivos traçados».

 

O Internacional, fazendo jus ao nome, é o clube na Libertadores com mais estrangeiros: há duas semanas jogou com um recorde, no Brasileirão, de oito, escolhidos por um argentino, Eduardo Coudet. Entre eles, o consagrado equatoriano Enner Valencia, ex-Fenerbahçe. «O clube tem trajetória de ótima recepção a estrangeiros e esperamos que nos ajudem a alcançar os objetivos», comentou o presidente Alessandro Barcellos a A BOLA.

 

«Mas, como o tempo de adaptação é elemento essencial para que o trabalho tenha sucesso e alcance os resultados almejados, é necessário que o treinador e a equipa técnica estrangeira recebam bom suporte dos clubes», adverte Júnior Chávare, executivo de futebol da Ferroviária, com passagens por clubes como Grêmio, São Paulo ou Atlético, onde trabalhou com Jorge Sampaoli, argentino hoje no Flamengo.

 

Por outro lado, Alexandre Vasconcellos, diretor da empresa End to End, centro de soluções no mercado desportivo, destaca a A BOLA que «para a futura Liga e para os clubes brasileiros é de grande importância a presença de técnicos e jogadores estrangeiros, além de brasileiros bem-sucedidos fora do país, que consolidem o mercado nacional para audiências do estrangeiro».

Fonte: ABola

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